O grande desaparecimento de aves frugívoras (que comem frutos) das florestas tropicais brasileiras, em decorrência da agricultura, tem causado um impacto sobre as árvores da região, que têm produzido sementes menores e mais fracas ao longo do último século. A conclusão é de uma equipe de pesquisadores brasileiros, mexicanos e espanhóis, cujo estudo será publicado na revista "Science".
Tucano-de-bico-preto ('Ramphastos vitellinus') é um importante dispersor de sementes; ao lado, jacutinga ('Aburria jacutinga') é a maior ave das florestas de Mata Atlântica (Foto: Lindolfo Souto e Edson Endrigo)
Os autores coletaram mais de 9 mil sementes de diferentes populações da palmeira Euterpe edulis – espécie nativa da Mata Atlântica, também chamada de içara ou palmito-juçara, e ameaçada de extinção – em áreas de floresta preservadas e outras devastadas por plantações de café e cana-de-açúcar no século 19.
A equipe usou dados estatísticos, genéticos e modelos evolucionários para chegar às conclusões. Segundo os cientistas, também foi considerada a influência de vários fatores ambientais, como clima, fertilidade do solo e cobertura florestal. Apesar disso, apenas a ausência das aves que comem frutos e espalham sementes já explicaria a diminuição do tamanho dos grãos das palmeiras.
Sementes de palmeiras são dispersadas principalmente por pássaros; ao lado, um sabiá-una ('Turdus flavipes') come fruto da árvore (Foto: Images courtesy of Lindolfo Souto and Mauro Galetti/Science)
De acordo com as análises genéticas, o encolhimento das sementes na região pode ter ocorrido dentro um século após algum tipo de perturbação local. Além desses fatores, longos períodos de seca e um clima cada vez mais quente na América do Sul podem ter prejudicado ainda mais essas populações de palmeiras, alertam os pesquisadores.
Floresta de Mata Atlântica no Brasil (Foto: Image courtesy of Pedro Jordano/Science)
Entidades civis e ambientais lançaram nesta terça-feira (21), em
Brasília, o Observatório do Código Florestal. A plataforma pretende
acompanhar a implantação da lei no país com a produção de dados,
informações e análises dos ambientalistas.
O grupo - formado por Conservação Internacional, Ipam (Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia), Instituto Centro de Vida, Instituto
Socioambiental, SOS Mata Atlântica, The Nature Conservancy Brasil e
WWF-Brasil – pretende acompanhar, principalmente, o desempenho do
Programa de Regularização Ambiental e do CAR (Cadastro Ambiental Rural).
O CAR, uma das exigências do Código Florestal, vai funcionar como uma
espécie de banco de dados das propriedades rurais. Ele vai ajudar o
governo a identificar as áreas de reservas legais e de preservação
permanente, as chamadas APPs, em cada terreno, além de acompanhar a
recuperação da cobertura vegetal. Segundo o Ministério do Meio Ambiente,
24 Estados já têm acordos assinados para adesão ao sistema.
Segundo o WWF-Brasil, o país tem 5,3 milhões de propriedades rurais,
sendo que mais de 4 milhões delas têm algum tipo de pendência ambiental.
A ONG calcula que pelo menos 12 mil registros deverão ser feitos
diariamente nos dois próximos anos, período fixado para a elaboração
desse banco de dados.
O grupo afirma que o Observatório do Código Florestal tem intuito de
evitar "novos retrocessos legais" e tornar o processo transparente para a
população brasileira.
"Um sistema CAR operando de forma transparente, pública e em bases
confiáveis permitirá aos brasileiros acompanhar a aplicação do Código
Florestal em campo, conhecer seus reflexos em nascentes e rios
intermitentes no Nordeste e Centro-Oeste, por exemplo, bem como na
economia e na gestão territorial do país", disse Jean Timmers,
superintendente de Políticas Públicas do WWF-Brasil, durante seminário
na Câmara dos Deputados promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista.
(Com informações da Agência Câmara)
Apesar de ter sido descoberta há mais de 100 anos, a Lula-Vampiro-do-Inferno é um dos animais mais misteriosos das profundezas oceânicas.
A lula-vampiro-do-inferno (Vampyroteuthis infernalis) é uma espécie de lula que vive nas águas profundas do Atlântico e do Pacífico. Este é o único cefalópode conhecido pela ciência que é capaz de viver em profundidades de 400-1000 mts em uma zona com um mínimo de dissolução de oxigênio.
Este animal não deve exceder 30 cm de comprimento e, normalmente, tem cerca de 15 centímetros. De corpo gelatinoso, dependendo das condições de iluminação torna-se aveludado preto, vermelho, roxo ou da cor marrom. Possui enormes olhos azulados, uma membrana ligando os oito tentáculos, cada um dos quais é coberta por fileiras de espinhos moles ou gavinhas. Quando perturbada, ela consegue virar-se ao avesso, adquirindo uma forma realmente estranha.
Seus olhos podem distinguir as silhuetas de outros animais. Para proteger sua detecção, emite um brilho azulado de suas próprias membranas. A luz dilui o contorno do animal, escondendo-o do ponto de vista de baixo. Ela possui também um par de fotorreceptores alertantes situados no topo da cabeça.
Seu metabolismo é incrivelmente baixo. O pigmento hemocianina dá ao animal um sangue azul, que de forma eficiente liga e transporta oxigênio. A musculatura é um sistema perfeito de equilíbrio, onde a densidade do corpo, devido ao alto teor de tecido de amônia, praticamente corresponde à densidade da água do mar. Isto permite que o animal mantenha uma flutuabilidade com pouco esforço e proporciona uma mobilidade suficiente.
Um par de pequenas "asas" serve como seu principal meio de transporte. Os flagelos velares, escondidos em dois sacos, podem esticar para muito além dos tentáculos. Este animal controla muito bem seus órgãos de bioluminescência e é capaz de produzir desorientação com flashes de luzes que podem durar vários minutos. Além disso, podem controlar o brilho e tamanho das manchas de cor.
Em caso de perigo extremo, ela usa seu saco de tinta, criando uma nuvem de muco pegajosa bioluminescente contendo inúmeras bolas azuis brilhantes. A cortina de luz oprime o predador e dura até 10 minutos, tempo suficiente para ela escapar na escuridão.
Várias já foram capturadas para pesquisa. Os cientistas examinavam o conteúdo em seu estômago para determinar seus hábitos alimentares. No entanto, os resultados sempre foram inconclusivos.
O recente artigo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences mostrou que essa espécie alimenta-se basicamente da chamada “neve marinha”, uma mistura de corpos de animais em decomposição, detritos, fezes e resíduos biológicos em geral que são formados próximos à superfície e afundam em uma velocidade mínima, podendo demorar meses para chegar ao fundo.
Por esse comportamento adaptativo, a Lula Vampiro do Inferno consegue sobreviver em ambientes com mínimas ofertas de oxigênio e em locais hostis onde os predadores são pouquíssimos e o alimento é abundante.
Um grupo de pesquisadores ligados à Sociedade Zoológica
de Londres (ZSL) mapeou as espécies de mamíferos e anfíbios mais
distintas e ameaçadas do mundo. O projeto EDGE (sigla em inglês para
Evolucionariamente Distinto e Globalmente ameaçado) foi desenvolvido
pela ZSL para indicar as espécies que não somente estão sob ameaça de
extinção quanto são biologicamente distintas.
Os cientistas prepararam um ranking baseado nessas duas
variáveis. Segundo os pesquisadores, quanto mais alto a posição da
espécie no ranking, maior seria a perda gerada por sua extinção em
termos de história evolutiva.
O projeto também colocou em um mapa a localização dessas
espécies ameaçadas. O mapa preparado pelo estudo chama a atenção para o
fato de que somente uma fração das áreas identificadas como críticas
para a proteção dessas espécies são protegidas.
Entre as centenas de espécies indicadas pelo projeto estão 26 mamíferos e 14 anfíbios encontrados no Brasil.
Os mamíferos brasileiros com as posições mais altas no ranking do projeto EDGE são o bicho-preguiça de coleira (Bradypus torquatus), na 61ª posição do ranking, o preá Cavia intermedia (Cavia intermedia), na 68ª, e o peixe-boi-marinho (Trichechus inunguis), na 70ª. Entre os anfíbios, a rã do rio Mutum (Dasypops schirchi) é a espécie brasileira com posição mais alta no ranking (145ª).
Entre os mamíferos brasileiros com as posições mais altas no ranking está o bicho-preguiça
Foto: BBCBrasil.com
O ranking traz três espécies de équidnas (animal coberto
de espinhos e com características de répteis, aves e mamíferos)
empatadas na primeira posição do ranking: a équidna-de-barton (Zaglossus bartoni), a équidna-de-attenborough (Zaglossus bruijnii), e a équidna-de-bico-longo (Zaglossus bruijnii), todas encontradas na ilha de Nova Guiné, dividida entre a Indonésia e Papua Nova Guiné.
Prioridades Os pesquisadores
afirmam que o mapa serve como indicação das regiões com maiores
concentrações dessas espécies e de quais deveriam ser as prioridades
para proteção.
"Se você olhar para os mamíferos, se olhar somente para a
história evolucionária, as espécies que são mais diferentes de todas as
outras, as mais enraizadas, tendem a estar na América do Sul", disse à BBC Jonathan Baillie, diretor de preservação da ZSL.
"Mas se você incorpora a questão da ameaça, então o foco
munda para o sudeste da Ásia, e a razão é que a conversão do uso da
terra lá foi tão rápida, por coisas como a produção de azeite de dendê,
que muitas dessas espécies estão altamente ameaçadas e aparecem no topo
do ranking quando adicionamos essa variável", observa.
Além de chamar a atenção para o fato de que as áreas
prioritárias para mamíferos e anfíbios são diferentes, o mapa também
indica como poucas das áreas identificadas como prioridade para essas
criaturas distintas são protegidas. Apenas 5% das regiões consideradas
prioritárias para mamíferos e 15% das prioritárias para anfíbios são
protegidas.
"Tentamos atrair a atenção para uma série de espécies
que estão à beira da extinção e sobre as quais a maioria das pessoas
nunca escutaram", diz Baillie.
Pequenas mudanças Os anfíbios estão
sofrendo com uma taxa de extinção "aterrorizante", dizem os
pesquisadores, tornando-os os animais vertebrados mais ameaçados do
mundo.
Eles observam, porém, que apesar dos muitos desafios
complexos envolvidos na preservação das espécies, às vezes algumas
mudanças podem fazer uma grande diferença.
Baillie cita o exemplo de um pequeno anfíbio parecido com uma minhoca, originário do Quênia, chamado Sagalla caecilian.
"A espécie estava perdendo seu habitat porque as árvores
nativas estavam sendo retiradas, então começamos um programa para
replantar as árvores nativas, e 6 mil delas já foram replantadas. As
áreas com maior concentração da espécie agora estão protegidas", afirma.
"Esse tipo de ação simples pode garantir que essas espécies continuem a existir daqui a centenas de anos", diz.
Nome Comum: Pangolim chinês, pangolim gigante e pangolim arborícola
Nome científico:(Manis temminckii), (Manis gigantea), (Manis tricuspis)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Pholidota
Família: Manidae
Gênero: Manis
Habitat: Florestas densas e savanas
Tempo estimado de vida: 20 anos
Distribuição geográfica: Zonas tropicais da Ásia e África
Gestação: 5 meses. Um ou dois filhotes por vez.
O nome pangolin "deriva da palavra malaia pengguling (algo que rola para cima). São animais noturnos, e usam seu senso bem desenvolvido do olfato para encontrar insetos.
Os Pangolins São os únicos representantes da família Manidae e ordem Pholidota. A ordem é muito antiga, com representantes fósseis datando do Eoceno na Europa (Eomanis, do Eoceno Médio alemão, em Messel), América do Norte (Patriomanis) e Ásia (Cryptomanis gobiensis, do Eoceno superior da Mongólia). Alguns paleontólogos têm classificado os pangolins na ordem Cimolesta, juntamente com vários grupos extintos.
Existem 7 espécies desse estranho mamífero, 4 na África e 3 na Ásia, todas elas semelhantes em aparência e hábitos. O pangolim-de-cauda-comprida é essencialmente arborícola e vive nas planícies do sul e leste da África. O pangolim-de-cauda-curta, também chamado de pangolim-indiano, vive em pares na Índia e no Sri Lanka. As diferentes espécies de pangolins apresentam hábitos e tamanhos variados. As espécies menores são exímias trepadoras, capazes de se agarrar aos galhos por meio da eficaz cauda preênsil, sendo esse mesmo órgão o responsável pelo transporte da prole. Porém, fora as espécies de pangolim consideradas de médio porte, que atingem entre 1 e 1,30 m de comprimento, pertencendo dois terços desse tamanho à parte caudal. Também existem espécies enormes, como o pangolim-gigante (Manis gigantea), cujo tamanho atinge os 2 metros de comprimento e a força equivale a de dez homens fortes juntos. Todos eles, sem exceção, são silenciosos, raramente sibilantes, soprando às vezes baixinho. A visão e a audição são pouco desenvolvidas, o mesmo ocorrendo com o olfato, apesar do papel importante que este último sentido desempenha na procura de alimento.
É um animal sossegado. Dorme numa toca profunda durante o dia e possui hábitos noturnos se alimentando principalmente de cupins e formigas, que apanha com sua língua comprida e pegajosa de 30 centímetros. Em cada lambida o animal engole dezenas de cupins ou formigas só que sem mastigar; estes são triturados no estômago, que é revestido de paredes especiais, muito robustas.
O pangolim é, sem dúvida, o mais bem aparelhado integrante do seleto grupo de animais encouraçados ou se preferir “blindados do reino animal”.
Filhote
Adulto
Possuem grandes escamas de queratina que cobrem a sua pele e são os únicos mamíferos com esta adaptação; estão ligadas à pele como se fossem unha e dispostas umas sobre as outras como telhas num telhado. É o único mamífero com esse tipo de proteção, tão dura que chega a arranhar alguns metais. Enrodilhados, eles protegem a cabeça e o ventre com sua couraça, frustrando até mesmo tigres e leopardos, desestimulando-os do ataque. Contudo, os pangolins quando se sentem ameaçados preferem se refugiar na toca ou então na água, já que são bons nadadores, como o tatu-bola e o ouriço, o pangolim pode se enrolar totalmente e assim fica protegido dos predadores.
Uma das causas de seu recorrente estado de extinção são justamente suas escamas de queratina: diversas tribos utilizam a couraça do pangolim como ornamento para utensílios domésticos, ao passo que determinadas populações da África Central atribuem às escamas valor de talismãs. Para a medicina chinesa, as escamas do animal melhoram a circulação sanguínea, tratam doenças respiratórias, problemas menstruais, de amamentação e até artrite. Além disso, a carne do mamífero também traria benefícios à saúde, de acordo com a tradição chinesa.
As populações das oito espécies de pangolins estão correndo risco de extinção, por isso sua exportação é proibida desde 2000. Autoridades ambientais acreditam que a China seja o principal destino dos animais e suas escamas.
E não há muita perspectiva para o fim do tráfico. Já que a polícia ambiental local tem poucos recursos para fiscalizar a floresta; os pangolins, facilmente capturados, não apresentam muita resistência aos caçadores e são valiosos, cada animal sai por US$ 160.
Aprenda um pouco mais sobre esse fascinante animal:
A mais nova estrela da coleção de fósseis do
Laboratório de Pesquisas Paleontológicas da Universidade Federal do Acre
está dando o que falar: trata-se de nada mais, nada menos que um jabuti
gigante! O bicho viveu há oito milhões de anos e está exposto para quem
tiver curiosidade de visitá-lo.
Antes de entrar em exibição, o fóssil passou
por uma restauração completa para deixá-lo ainda mais impressionante.
Enquanto os jabutis que conhecemos hoje medem cerca de 50 centímetros de
comprimento, seu parente pré-histórico media 1,65 metro – o equivalente
à altura de uma pessoa adulta.
Quem visitar o grande jabuti vai
poder conhecer também outros fósseis, como antepassados dos jacarés e
até preguiças gigantes. Eu quero ir até lá, e você?
Nome Popular: Espirradeira, oleandro, flor-de-são-josé, loureiro-rosa, loandro-da-índia, adelfa, cevadilha.
A N. orleander, popularmente conhecida como espirradeira é uma planta originária do Mediterrâneo, arbustiva, que atinge até mais de 2 metros de altura, produz caule e ramos lenhosos com flores verdes acinzentados em forma de lanças.
A floração ocorre na primavera ou verão; suas flores são presas a cachos que nascem nas pontas dos ramos, e seus frutos possuem sementes revestidas de pelos. Existem variedades nas cores róseas, vermelho-claras e brancas, sempre muito perfumadas.
Sua grande arma de defesa é a toxicidade em todas as suas partes, devido a princípios ativos como oleandrina e neriantina. Toda a planta é tóxica (mesmo depois de morta), contém glicosídeos cianogênicos; alcaloides; estrofantina, de ação paralisante sobre o coração.
Os sintomas são: náuseas, vômitos, cólicas agudas, diarreia muco-sanguinolenta; os sintomas cardíacos podem variar desde taquicardia e bradicardia, que podem ocorrer um seguido ao outro, sucessivamente; fraqueza, depressão e colapso terminal ocorrer associados à cianose, angustia respiratória, tonturas, midríase, sonolência, torpor, coma e morte.
A espirradeira pode ser observada em muitas avenidas e parques sendo um dos arbustos mais cultivados para o embelezamento público. O consumo de uma única folha poderia causar a morte. Por isso não é recomendado o seu uso para fins ornamentais em ambientes de grande acesso de pessoas, especialmente crianças, como escolas, parques, passeios, calçadas, etc.
Deve ser cultivada sempre a pleno sol, em solo fértil. A poda anual renova a folhagem e estimula uma boa formação e floração. Por ser muito tóxica deve ser manipulada com luvas e muito cuidado.
Envenenamentos com N. oleander são particularmente comuns em locais como:
Europa
Estados Unidos (incluindo Havai)
Austrália
África do Sul
Índia
Sri Lanka
Ásia Oriental
As principais complicações que podem levar á morte por intoxicação são referentes aos sintomas verificados no sistema cardiovasculares:
Bradicardia sinusal
Bloqueio atrioventricular
Arritmias ventriculares
Batimento ventricular prematuro
Dose letal: 0,18 g da planta pode causar a morte de um homem de 80kg. Cerca de 15-20g, pode matar um bovino ou um equino. Existem casos registrados de morte de humanos em decorrência de intoxicação.
Sinais e sintomas tardios: Necrose superficial ou nenhuma reação local.
Estas aranhas também conhecidas como aranhas de jardim, de grama ou tarântula, apresentam como característica um desenho negro em forma de ponta de flecha no dorso do abdome. São aranhas errantes (vivem em solos), vivem em gramados junto às residências e não são agressivas, após descoberta sua atitude é apenas fugir de imediato. São parecidas com as aranhas armadeiras, seu único fator visual que diferencia é seu desenho.O quadro clínico devido à sua picada é em geral pouco importante e o tratamento restringe-se ao curativo local.
São encontradas em jardins como citado acima, terrenos baldios, tocos de madeira e etc.
HISTÓRIA
Da família Lycosidae, encontramos com o nome de Lycosa, milhares de espécies de aranhas em todo o mundo e dentre elas existem cerca de 300 subfamílias na América do Sul e mais de 120 no Brasil. As fêmeas são bem mais encorpadas do que os machos e podem atingir até uns 8 cm de tamanho, incluindo as pernas.
Como característica das fêmeas das Lycosas, observamos o costume que apresentam em carregar na extremidade do abdômen uma esfera cheia de ovos denominada de ooteca.
São popularmente conhecidas como tarântulas, e a razão deste nome se dá ao fato de haver muitas superstições e histórias inverossímeis a seu respeito. Conta-se que na Idade Média, cidade de Taranto, existia uma tarântula tão venenosa que quando picava, provocava nas pessoas acidentadas uma agitação nervosa com movimentos involuntários, crises dolorosas e risos histéricos. Dançavam então freneticamente até ficarem banhadas de suor e caírem de cansaço. Após a recuperação muitas vezes nem se lembravam do que haviam passado no dia anterior. Daí nasceu a famosa tarantela, música de origem italiana, frenética, violenta e muito ritmada, parecendo alguém que apresentasse com muita dor.
As Lycosas são aranhas bastante astutas, extrovertidas, não constroem teias, ótimas caçadoras e extremamente ágeis, podendo trepar em todos lugares menos em superfícies muito lisas.
*Os acidentes entre nós são muito comuns, mas quase todos benignos em humanos, apesar da dor e da inflamação, verificando-se apenas pouca destruição da pele no local da picada. Além disso, as Lycosas quando descobertas quase sempre se acovardam e procuram fugir rapidamente. O animal adulto mede entre 2 a 3 cm de corpo e 5 a 6 cm de envergadura de pernas.
ABRIGOS
- Gramados, embaixo de folhas. Seus ninhos são construídos unindo-se folhas secas.
PREVENÇÃO E CONTROLE - Manter o gramado sempre podado, não acumular entulhos próximo a residências.