sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Quati

Nasua nasua


Ordem: Carnivora

Família: Procyonidae

Nome popular: Quati

Nome em inglês: Coatis, Coatimundis.

Nome científicoNasua nasua

Distribuição geográfica: Colômbia, norte da Argentina e Uruguai.

Habitat: Florestas

Hábitos alimentares: Frugívoros, eventualmente carnívoros.

Reprodução: gestação 10 a 11 semanas, com 02 a 07 filhotes.

Período de vida: cerca de 15 anos


A palavra quati, que é o nome popular dos mamíferos do gênero Nasua, deriva do termo tupi akwa'tim, que significa "nariz pontudo", numa clara referência ao comprido focinho dos seus representantes. A mesma associação é feita no nome científico do gênero: em latim Nasua (nasus) também significa "nariz". Os membros deste gênero "narigudo", se distribuem por quase todo o continente americano, do sudoeste norte-americano à maior parte da América do Sul, possuindo três espécies: Nasua narica (Sudoeste dos Estados Unidos, México, América Central e Colômbia), Nasua nelsoni (Ilha de Cozumel, México) e Nasua nasua (América do Sul).

Os quatis pertencem a Ordem Carnivora, representado pela Família Procyonidae, que também inclui o guaxinim e o jupará. Vivem em áreas florestadas, onde passam muito tempo sobre as árvores, geralmente formando grupos de 04 a 20 indivíduos que percorrem as matas a procura de alimento, que consiste em pequenas aves, ovos, insetos, frutas, vermes ou larvas presentes no solo. Embora gregários (vive em bando), um macho com mais de 2 anos de idade pode ter hábitos solitários e só se juntar ao grupo para o acasalamento.


Comunicam-se produzindo sons suaves, que parecem lamúrias. Quando ameaçados, os sons são substituídos por cliques e rugidos. O soar do alarme faz com que os quatis escalem rapidamente as árvores (o que fazem com facilidade graças às suas garras) e, em seguida, pulem para o chão e se dispersem. Por segurança, a espécie dorme no alto das árvores, para se proteger de seus predadores que incluem as raposas, onças, jaguarundis, cães domésticos e pessoas.

Apesar de possuírem hábito alimentar predominantemente frugívoro, há épocas do ano em que há escassez de frutas, e então eles aumentam a quantidade de alimento animal de suas dietas. Percorrem em torno de 1,5 a 2 km diariamente a procura de alimento. São animais diurnos, apesar de freqüentemente machos adultos praticarem atividades noturnas. O peso varia entre 3,5 a 6 kg, sendo os machos normalmente maiores que as fêmeas. 
A época reprodutiva corresponde com o período máximo de abundância de frutas. Um macho solitário pode ser aceito em um grupo de fêmeas, mas com total subordinação a elas. As fêmeas se separam do grupo para construírem seus ninhos em árvores. 

O período de gestação é de 10 a 11 semanas, nascendo de 02 a 07 filhotes que pesam cerca de 100 g e abrem os olhos depois de onze dias. Com 05 semanas os filhotes saem dos ninhos, e com 15 meses tornam-se adultos. Atingem a maturidade sexual com 02 anos.


O N. nasua é uma espécie abundante e bem comum na sua área de ocorrência, com densidade populacional que varia de região para região. Apesar de uma queda da população por ameaças como a perda de habitat (redução de florestas por desmatamento) e caça, ainda não é considerada em risco. Por este motivo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) classifica a espécie como de Pouca Preocupação.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Harpia (Gavião Real)

Harpia harpyja


Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Falconiformes

Família: Accipitridae

Gênero: Harpia

EspécieHarpia harpyja

Estado de conservaçãoAmeaçada em extinção.

A harpia (Harpia harpyja) é a maior e mais forte ave de rapina do nosso planeta. Para os povos indígenas, ela é a "mãe de todos os pássaros" e é reverenciada como o espírito mais valente das florestas.

Você sabe o que é uma ave de rapina?

Aves de rapina são aves carnívoras, velozes e caçadoras que capturam suas presas em vôos rasantes. Possuem bico curvo e afiado, garras fortes e visão de longo alcance. São predadoras e estão no topo da cadeia alimentar. Alguns exemplos de aves de rapina são: gaviões, falcões, corujas e águias.

Também conhecida como gavião real ou uiraçu-verdadeiro, a harpia se localiza na América do Sul e Central. No Brasil, é encontrada em regiões florestais remotas,sobretudo na Amazônia. Vive solitária ou aos pares, é uma ave difícil de ser observada. Precisa de matas preservadas e dimensões consideráveis para viver.

Apresenta uma cabeça cinzenta com um penacho bipartido formando duas pontas negras. A ave adulta apresenta um “colar” preto de penas no pescoço. Seu bico é robusto e afiado - pronto para rasgar a carne de suas presas. Possui um canto assobiado, bem audível à distância, e uma visão de alta profundidade e resolução. Suas unhas são fortes, que chegam a medir 7 cm. Com essas garras, ela consegue capturar  suas presas em pleno vôo, inclusive mamíferos pesados. Caça por espreita e a predileção alimentar abrange preguiças, macacos-prego, filhotes de veado, tatus, seriemas, araras, serpentes, outros.

Por serem maiores, as fêmeas podem atingir até 105 cm de comprimento, pesam entre 7,6 e 9 Kg, possuem envergadura das asas que atingem até 2 m e capturam a caça mais pesada. Já os machos possuem, em média, 60 cm de comprimento e pesam entre 4 e 5 kg.

É uma ave monogâmica, ou seja, os casais se unem por toda a vida. Seu ninho é construído em árvores altas com pilhas de galhos, de onde ela observa tudo ao redor

A harpia vive aproximadamente 40 anos e não tem nenhum inimigo natural, pois está no topo da cadeia alimentar. Seu único predador é o homem e a destruição de seu habitat já está levando essa ave à extinção, há poucos indivíduos restantes da enorme população que já existiu. Por isso é necessária a conservação de florestas, proteção de áreas com registros de nidificação, educação ambiental, entre outros. Devemos defender e preservar essa espécie para que presentes e futuras gerações possam apreciá-la.




Coloca 2 ovos, mas somente um filhote sobrevive. O período de incubação dura aproximadamente 56 dias. O macho cuida do ninho quando a fêmea precisa sair para caçar. O filhote se torna jovem e mantém um período de dependência dos adultos superior a um ano, o que faz com que os casais de harpia se reproduzam a intervalos de pelo menos dois anos. A maturidade sexual é atingida cerca de 2 a 3 anos, podendo ser estendida por um ano ou mais.


Assista e saiba um pouco mais :



Fonte: http://www.biologiaselvagem.com.br/

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Lagartixa-Leopardo

Eublepharis macularius


Classificão Científica

Ordem: Squamata

Família: Eublepharidae

Nome Popular: Lagartixa-leopardo

Nome em Inglês: Leopard gecko

Nome CientíficoEublepharis macularius

Distribuição Geográfica: Sudeste Asiático, Afeganistão, nordeste da Índia e Paquistão

Hábitos Alimentares: Insetívoros. Eventualmente incluem outros artrópodes

Reprodução: Botam normalmente 2 ovos por postura, e a incubação é de cerca de 60 dias

Período de Vida: 20 anos
Habitat: Desertos, áreas rochosas, áreas arenosas


 A lagartixa-leopardo recebe este nome devido à belíssima coloração de sua pele que, com a base amarelada coberta de pintas pretas, lembra muita a do famoso felino africano leopardo. Porém, os filhotes são bem diferentes: ao invés das pintas possuem listras pretas e somente na transição de jovem para adulto que as pintas começam a aparecer.

 Pertence a uma família na qual estão inclusas todas as lagartixas com pálpebras móveis, porém diferentemente das lagartixas mais comuns, a lagartixa-leopardo não possui discos adesivos nas pontas dos dedos.

 As lagartixas são um dos maiores grupos de répteis, e há mais de 400 espécies da família gekkonidae pelo mundo todo. Todas são de pequeno porte, raramente ultrapassando vinte cm de comprimento, e seu sucesso deve-se à sua extraordinária adaptação a seu modo de vida. 

 Os olhos das lagartixas são muito bons, para mirarem as presas com perfeição. Seu desenho estranho, com uma fenda central, permite que a quantidade de luz que chega à retina seja regulada com perfeição, podendo assim a lagartixa caçar tanto sob o sol como à noite. Se o olho fica sujo, elas passam a língua, grande e achatada, por cima dele para limpá-lo, como se usassem um limpador de para-brisa. Em geral, possuem uma característica muito curiosa. São répteis noturnos e fogem do sol e do calor durante o dia. A visão noturna de uma lagartixa é 350 vezes melhor do que a visão humana a noite, portanto elas conseguem distinguir cores, na maior escuridão possível.


 A lagartixa-leopardo alimenta-se de pequenos insetos, principalmente grilos. Elas se diferenciam das demais lagartixas pela sua cor e por possuir pálpebras móveis.

 Como outros répteis, a lagartixa-leopardo, de tempos em tempos, também troca de pele. Essa pele começa a ficar esbranquiçada e se solta de todo o corpo lembrando uma pessoa que está descascando por causa do sol. Após solta, esta pele é ingerida pela própria lagartixa, pois contém alguns nutrientes importantes. Os machos são diferentes das fêmeas, pois além de serem maiores e mais pesados, possuem a cabeça mais robusta.

 A maturidade sexual não é atingida conforme a idade, e sim conforme o tamanho: com aproximadamente 35g, uma lagartixa-leopardo já pode ser considerada sexualmente madura. São lagartos de vida longa e de hábitos noturnos. Há registros de uma macho que chegou a ter 28 anos. Fêmeas vivem menos que os machos, sendo o recorde de 21 anos. Podem chegar a medir 20 cm de comprimento.


 Este réptil pode ser encontrado no Oriente Médio (Paquistão, Afeganistão e Irã), é uma das poucas espécies da família que habita regiões montanhosas e desérticas, mas as habilidades da família a fazem ter boas chances de sobrevivência mesmo em um habitat tão inóspito quanto este.

 Embora a lagartixa-leopardo tenha sido o primeiro lagarto a ser domesticado nos Estados Unidos, no Brasil não é permitido que as pessoas a mantenham em casa e muito menos a sua comercialização, portanto aqui, não é considerado um animal de estimação.


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Tartaruga Mata-mata

Chelus fimbriatus


Classificação científica


Reino: Animallia

Filo: Cordados

Classe: Reptilia

Ordem: Pleurodira

Família: Chelidae

Gênero: Chelus

Espécie/Nome CientíficoChelus fimbriatus

Nome Popular: Tartaruga-mata-mata, Mata-mata.

Alimentação: É uma tartaruga carnívora que se alimenta de invertebrados aquáticos e peixes. 

Reprodução: A desova é feita em locais em que ocorrem espinhos, pedras e folhas, com postura de 12 a 28 ovos, pequenos, de casca dura e bastante áspera.

Tamanho: Possui tamanho médio em torno de 44 cm e apresenta carapaça com largura maior do que o comprimento.

HabitatPrefere rios de água escura e de pouca correnteza, lagos de água barrenta e estagnada, ou até mesmo pântanos.


A taruga mata-mata é uma tartaruga semi-aquática originária da América do Sul, que vive especificamente na região amazônica, sua carapaça, cabeça triangular e membros possuem uma ótima camuflagem, dando uma aparência similar a de folhas e pedras, possuí diversas franjas na cabeça muito similares a vermes, essas franjas foram responsáveis pela origem de seu nome científico Chelus fimbriatus, que em latim significa Tartaruga franjada ou ornamentada.

Seu nariz é bem comprido e pontudo. Sua carapaça possuí 3 quilhas longitudinais, com uma coloração marrom escura ou clara, o plastrão é um pouco mais claro e mais colorido, com placas escuras e linhas claras nas separações das placas. Suas patas são extremamente fortes e largas e seus olhos são pequenos e muito sensíveis, proporcionado uma visão bem fraca. 




O pescoço é maior do que a coluna vertebral e apresenta uma franja lateral constituída de pequenas barbelas em cada lado. Nos indivíduos adultos, a cabeça, pescoço, bordas laterais e cauda possuem coloração marrom-acinzentada. Apresenta a carapaça com largura maior do que o comprimento. Vivem aproximadamente 35 anos e atingem um comprimento médio de 50 centímetros.

Com 50 cm e 15 kg, a Mata-mata é uma das tartarugas mais frequentes em zoológicos mundo afora. Isso acontece não apenas por causa de seu baixíssimo custo de manutenção (precisam de pouco espaço e de pouca comida), mas também por sua aparência curiosa.

A camuflagem de pedra da Mata-mata é quase perfeita. Com o casco granulado, é fácil para algas grudar no corpo desta tartaruga, permitindo que ela se esconda em águas rasas do rio Amazonas com o focinho para fora, aguardando suas presas durante horas.



Apesar deste sorriso simpático, deve-se tomar muito cuidado com esta espécie. É extremamente agressiva! Quando caçam, as Mata-Matas abrem suas enormes bocas e sugam o peixe inteiro, pois não foram feitas para a mastigação.

Elas preferem rios lentos, lagos calmos, pântanos e brejos. São encontradas no norte da Bolívia, leste do Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, nas Guianas e no norte e centro do Brasil.

É muito fácil confundir o pescoço da Mata-mata com um galho de árvore, mas é praticamente impossível confundi-la com qualquer outra tartaruga. A mata-mata é realmente única.

Assista ela em ação comendo um peixe :