O que são répteis?
Os répteis (latim científico: Reptilia) constituem uma classe de animais vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ou seja, não possuem temperatura corporal constante. São todos amniotas (animais cujos embriões são rodeados por uma membrana aminiótica). Os répteis atuais são representados por quatro ordens:
Ordem Crocodilia – crocodilos: 23 espécies
Ordem Rhynchocephalia – tuataras da Nova Zelândia): 2 espécies
Ordem Squamata – lagartos (como o camaleão e cobras): aproximadamente 7.600 espécies
Ordem Testudinata – (tartarugas): aproximadamente 300 espécies
Taipan do interior
Oxyuranus microlepidotus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo:Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Elapidae
Gênero: Oxyuranus
Espécie: O. microlepidotus
A taipan do interior (Oxyuranus microlepidotus)que mede 1,7m é encontrada principalmente nas bacias do rio Diamantina e do riacho Cooper, em Queensland, e no oeste de Nova Gales do Sul, Austrália, é a cobra terrestre mais venenosa. Com um único bote, pode injetar 60 mg de peçonha o bastante para matar um marsupial pequeno em segundos - mas também mais que suficiente para liquidar vários seres humanos adultos. A quantidade média de veneno é 44g, mas certo exemplar destilava 110mg, o bastante para matar 250 mil ratos ou 125 homens. Felizmente ela vive nos desertos do centro-leste da Austrália, e nenhuma morte humana foi registrada por sua mordida.
Sua cabeça é arredondada e comprida,e mais escura que o resto do corpo. No inverno a cor é preto brilhante, alterando-se para marrom-escuro no verão.
Assista o vídeo e veja a cobra em ação!
Basilisco Verde
Basiliscus plumifrons
Classificação científica
Ordem: Squamata
Família: Iguanidae
Nome popular: Basilisco-verde
Nome em inglês: Double-crested basilisk ou Green basilisk
Nome científico: Basiliscus plumifrons
Distribuição geográfica: Da Guatemala até o Panamá
Habitat: Florestas úmidas e áreas de caatinga
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Desova entre 01 e 16 ovos por postura, que eclodem após 60 a 65 dias de incubação
Período de vida: Aproximadamente 10 anos
O basilisco se tornou conhecido por três motivos: o primeiro é que ele é um dos lagartos mais bonitos das américas, com suas cristas, sua coroa óssea e cores vivas espalhados por seus cerca de 80 cm de comprimento.
O segundo é que ganhou seu nome de um animal mitológico fantástico, o basilisco das lendas gregas e medievais. Nas lendas era o rei das serpentes, e andava ereto como um homem sobre duas pernas. Sua presença afastava ratos e outros animais indesejados. Recentemente, um famoso livro sobre um bruxo adolescente teve um basilisco como vilão. Quando chegaram às
matas da Amazônia, os exploradores europeus devem ter achado que aquele estranho e belo animal devia ser o animal mitológico de que tanto ouviam falar, e deram-lhe este nome.
Mas terceiro e mais incrível motivo de admiração por este lagarto é sua capacidade de correr sobre a água. Durante uma fuga de um predador, dirigem-se para um curso de água, que pode ter até 50 m. de largura, e colocam-se correndo sobre as patas traseiras como uma pessoa ou ave. Os longos dedos traseiros possuem uma dobra de pele cada que, quando o basilisco se põe a correr, se abrem durante a descida da pata, e se fecham imediatamente quando puxado para cima. Então esta dobra apresenta uma certa
resistência que o permite se manter acima da superfície até que consiga escapar do perigo e nem se arriscar a virar comida de grandes peixes ou jacarés.
Mas mesmo que ele tente atravessar um rio muito grande, não tem problema, pois o basilisco sabe nadar muito bem.
O basilisco consegue uma grande variedade de alimentos nas florestas tropicais em que vive: insetos, frutas, pequenos caranguejos, anfíbios, roedores, ovos e filhotes de aves, folhas e outros. Os filhotes comem quase que apenas insetos.
Na natureza, sua habilidade de fuga o torna uma presa difícil para seus predadores, como as raposas, serpentes e aves de rapina. Porém, sua maior ameaça é a destruição das matas em que vive, assim como a poluição dos rios e os venenos usados nas plantações, que contaminam não só o ambiente como também os insetos que servem de alimento a este fascinante animal. Assim, é
sempre importante se lembrar que devemos dar muita importância àquilo que comemos, pois a forma como esta comida chega aos nossos pratos pode estar destruindo o ambiente onde ela foi criada.
Pra você que não acredita que ele anda sobre as águas, está ai a prova :
Tartaruga Mata-mata
Chelus fimbriatus
Classificação científica
Reino: Animallia
Filo: Cordados
Classe: Reptilia
Ordem: Pleurodira
Família: Chelidae
Gênero: Chelus
Espécie/Nome Científico: Chelus fimbriatus
Nome Popular: Tartaruga-mata-mata, Mata-mata.
Alimentação: É uma tartaruga carnívora que se alimenta de invertebrados aquáticos e peixes.
Reprodução: A desova é feita em locais em que ocorrem espinhos, pedras e folhas, com postura de 12 a 28 ovos, pequenos, de casca dura e bastante áspera.
Tamanho: Possui tamanho médio em torno de 44 cm e apresenta carapaça com largura maior do que o comprimento.
Habitat: Prefere rios de água escura e de pouca correnteza, lagos de água barrenta e estagnada, ou até mesmo pântanos.
A taruga mata-mata é uma tartaruga semi-aquática originária da América do Sul, que vive especificamente na região amazônica, sua carapaça, cabeça triangular e membros possuem uma ótima camuflagem, dando uma aparência similar a de folhas e pedras, possuí diversas franjas na cabeça muito similares a vermes, essas franjas foram responsáveis pela origem de seu nome científico Chelus fimbriatus, que em latim significa Tartaruga franjada ou ornamentada.
Seu nariz é bem comprido e pontudo. Sua carapaça possuí 3 quilhas longitudinais, com uma coloração marrom escura ou clara, o plastrão é um pouco mais claro e mais colorido, com placas escuras e linhas claras nas separações das placas. Suas patas são extremamente fortes e largas e seus olhos são pequenos e muito sensíveis, proporcionado uma visão bem fraca.
O pescoço é maior do que a coluna vertebral e apresenta uma franja lateral constituída de pequenas barbelas em cada lado. Nos indivíduos adultos, a cabeça, pescoço, bordas laterais e cauda possuem coloração marrom-acinzentada. Apresenta a carapaça com largura maior do que o comprimento. Vivem aproximadamente 35 anos e atingem um comprimento médio de 50 centímetros.
Com 50 cm e 15 kg, a Mata-mata é uma das tartarugas mais frequentes em zoológicos mundo afora. Isso acontece não apenas por causa de seu baixíssimo custo de manutenção (precisam de pouco espaço e de pouca comida), mas também por sua aparência curiosa.
A camuflagem de pedra da Mata-mata é quase perfeita. Com o casco granulado, é fácil para algas grudar no corpo desta tartaruga, permitindo que ela se esconda em águas rasas do rio Amazonas com o focinho para fora, aguardando suas presas durante horas.
Apesar deste sorriso simpático, deve-se tomar muito cuidado com esta espécie. É extremamente agressiva! Quando caçam, as Mata-Matas abrem suas enormes bocas e sugam o peixe inteiro, pois não foram feitas para a mastigação.
Elas preferem rios lentos, lagos calmos, pântanos e brejos. São encontradas no norte da Bolívia, leste do Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, nas Guianas e no norte e centro do Brasil.
É muito fácil confundir o pescoço da Mata-mata com um galho de árvore, mas é praticamente impossível confundi-la com qualquer outra tartaruga. A mata-mata é realmente única.
Assista ela em ação comendo um peixe :
Lagartixa-Leopardo
Eublepharis macularius
Classificão Científica
Ordem: Squamata
Família: Eublepharidae
Nome Popular: Lagartixa-leopardo
Nome em Inglês: Leopard gecko
Nome Científico: Eublepharis macularius
Distribuição Geográfica: Sudeste Asiático, Afeganistão, nordeste da Índia e Paquistão
Hábitos Alimentares: Insetívoros. Eventualmente incluem outros artrópodes
Reprodução: Botam normalmente 2 ovos por postura, e a incubação é de cerca de 60 dias
Período de Vida: 20 anos
Habitat: Desertos, áreas rochosas, áreas arenosas
A lagartixa-leopardo recebe este nome devido à belíssima coloração de sua pele que, com a base amarelada coberta de pintas pretas, lembra muita a do famoso felino africano leopardo. Porém, os filhotes são bem diferentes: ao invés das pintas possuem listras pretas e somente na transição de jovem para adulto que as pintas começam a aparecer.
Pertence a uma família na qual estão inclusas todas as lagartixas com pálpebras móveis, porém diferentemente das lagartixas mais comuns, a lagartixa-leopardo não possui discos adesivos nas pontas dos dedos.
As lagartixas são um dos maiores grupos de répteis, e há mais de 400 espécies da família gekkonidae pelo mundo todo. Todas são de pequeno porte, raramente ultrapassando vinte cm de comprimento, e seu sucesso deve-se à sua extraordinária adaptação a seu modo de vida.
Os olhos das lagartixas são muito bons, para mirarem as presas com perfeição. Seu desenho estranho, com uma fenda central, permite que a quantidade de luz que chega à retina seja regulada com perfeição, podendo assim a lagartixa caçar tanto sob o sol como à noite. Se o olho fica sujo, elas passam a língua, grande e achatada, por cima dele para limpá-lo, como se usassem um limpador de para-brisa. Em geral, possuem uma característica muito curiosa. São répteis noturnos e fogem do sol e do calor durante o dia. A visão noturna de uma lagartixa é 350 vezes melhor do que a visão humana a noite, portanto elas conseguem distinguir cores, na maior escuridão possível.
A lagartixa-leopardo alimenta-se de pequenos insetos, principalmente grilos. Elas se diferenciam das demais lagartixas pela sua cor e por possuir pálpebras móveis.
Como outros répteis, a lagartixa-leopardo, de tempos em tempos, também troca de pele. Essa pele começa a ficar esbranquiçada e se solta de todo o corpo lembrando uma pessoa que está descascando por causa do sol. Após solta, esta pele é ingerida pela própria lagartixa, pois contém alguns nutrientes importantes. Os machos são diferentes das fêmeas, pois além de serem maiores e mais pesados, possuem a cabeça mais robusta.
A maturidade sexual não é atingida conforme a idade, e sim conforme o tamanho: com aproximadamente 35g, uma lagartixa-leopardo já pode ser considerada sexualmente madura. São lagartos de vida longa e de hábitos noturnos. Há registros de uma macho que chegou a ter 28 anos. Fêmeas vivem menos que os machos, sendo o recorde de 21 anos. Podem chegar a medir 20 cm de comprimento.
Este réptil pode ser encontrado no Oriente Médio (Paquistão, Afeganistão e Irã), é uma das poucas espécies da família que habita regiões montanhosas e desérticas, mas as habilidades da família a fazem ter boas chances de sobrevivência mesmo em um habitat tão inóspito quanto este.
Embora a lagartixa-leopardo tenha sido o primeiro lagarto a ser domesticado nos Estados Unidos, no Brasil não é permitido que as pessoas a mantenham em casa e muito menos a sua comercialização, portanto aqui, não é considerado um animal de estimação.
Assista :)