segunda-feira, 20 de maio de 2013

Lula-vampiro-do-inferno


Vampyroteuthis infernalis



Classificação Científica


Reino: Animalia

Filo: Mollusca

Classe: Cephalopoda

Ordem: Vampyromorphida

Família: Vampyroteuthidae

Gênero: Vampyroteuthis

EspécieVampyroteuthis infernalis


Apesar de ter sido descoberta há mais de 100 anos, a Lula-Vampiro-do-Inferno é um dos animais mais misteriosos das profundezas oceânicas.

A lula-vampiro-do-inferno (Vampyroteuthis infernalis) é uma espécie de lula que vive nas águas profundas do Atlântico e do Pacífico. Este é o único cefalópode conhecido pela ciência que é capaz de viver em profundidades de 400-1000 mts em uma zona com um mínimo de dissolução de oxigênio.

Este animal não deve exceder 30 cm de comprimento e, normalmente, tem cerca de 15 centímetros. De corpo gelatinoso, dependendo das condições de iluminação torna-se aveludado preto, vermelho, roxo ou da cor marrom. Possui enormes olhos azulados, uma membrana ligando os oito tentáculos, cada um dos quais é coberta por fileiras de espinhos moles ou gavinhas. Quando perturbada, ela consegue virar-se ao avesso, adquirindo uma forma realmente estranha.



Seus olhos podem distinguir as silhuetas de outros animais. Para proteger sua detecção, emite um brilho azulado de suas próprias membranas. A luz dilui o contorno do animal, escondendo-o do ponto de vista de baixo. Ela possui também um par de fotorreceptores alertantes situados no topo da cabeça.



Seu metabolismo é incrivelmente baixo. O pigmento hemocianina dá ao animal um sangue azul, que de forma eficiente liga e transporta oxigênio. A musculatura é um sistema perfeito de equilíbrio, onde a densidade do corpo, devido ao alto teor de tecido de amônia, praticamente corresponde à densidade da água do mar. Isto permite que o animal mantenha uma flutuabilidade com pouco esforço e proporciona uma mobilidade suficiente.

Um par de pequenas "asas" serve como seu principal meio de transporte. Os flagelos velares, escondidos em dois sacos, podem esticar para muito além dos tentáculos. Este animal controla muito bem seus órgãos de bioluminescência e é capaz de produzir desorientação com flashes de luzes que podem durar vários minutos. Além disso, podem controlar o brilho e tamanho das manchas de cor.



Em caso de perigo extremo, ela usa seu saco de tinta, criando uma nuvem de muco pegajosa bioluminescente contendo inúmeras bolas azuis brilhantes. A cortina de luz oprime o predador e dura até 10 minutos, tempo suficiente para ela escapar na escuridão.

Várias já foram capturadas para pesquisa. Os cientistas examinavam o conteúdo em seu estômago para determinar seus hábitos alimentares. No entanto, os resultados sempre foram inconclusivos.

O recente artigo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences mostrou que essa espécie alimenta-se basicamente da chamada “neve marinha”, uma mistura de corpos de animais em decomposição, detritos, fezes e resíduos biológicos em geral que são formados próximos à superfície e afundam em uma velocidade mínima, podendo demorar meses para chegar ao fundo.

Por esse comportamento adaptativo, a Lula Vampiro do Inferno consegue sobreviver em ambientes com mínimas ofertas de oxigênio e em locais hostis onde os predadores são pouquíssimos e o alimento é abundante.


Veja um pouco de seu comportamento:


Publicado por: Fabricio

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