Mamíferos

O que são mamíferos?

São uma classe de animais vertebrados. O nome vem das glândulas mamárias, usadas para alimentar os filhotes. Os mamíferos também têm glândulas sudoríparas, pelos, três ossículos no ouvido médio para audição e neocórtex (região do cérebro).




Aye-Aye
Daubentonia madagascarienses



Classificação científica

Reino: Animalia



Filo: Chordata



Subfilo: Vertebrata



Classe: Mammalia



Subclasse: Theria



Infraclasse: Placentalia



Ordem: Primates



Subordem: Strepsirrhini



Infraordem: Chiromyiformes



Família: Daubentoniidae



Gênero: Daubentonia



Espécie: D. madagascarienses

Estado de conservação: Considerada como estando a sofrer um risco muito elevado de extinção na natureza. Em extinção.





Sabe por que este animal está em risco de extinção?





A sua quase extinção é provocada pela destruição do seu habitat natural e de uma radical superstição da população nativa de Madagascar. Uma lenda antiga malgache afirmou que o Aye-Aye é um símbolo da morte. Alguns acreditam que se o animal apontar o dedo do meio para alguém, eles estão condenados à morte. Outros dizem que a aparição de um Aye-Aye numa aldeia prediz a morte de um morador. Muitos acreditam que esses bichos são capazes de esgueirar-se em casas com telhados de palha para assassinar os ocupantes que estão dormindo, utilizando seu dedo médio para perfurar-los.



Mesmo protegidos por lei, o assassinato desses bichinhos aumentam a cada ano e os locais onde eles são vistos como bom presságio são minoria. Algumas pessoas tentam ser otimistas ao acreditar que a superstição desse povo pode impedir as pessoas de caçá-los, mas mesmo que isso ocorra não será o suficiente para livrar essa espécie da extinção.



De nome científico Daubentonia madagascariensisum, do grupo dos lemuriformes (primatas que habitam apenas a Ilha de Madagascar, na costa Sudeste da África) o Aye-Aye é um curioso animal que vive em árvores da selva tropical Malgaches. Pensava-se que este animal tinha desaparecido por completo em meados de 1933, porém foi redescoberto em 1957.



Uma pesquisa recente mostra que hoje ele é considerado quase extinto, por isso muitos deles são mantidos em jardins zoológicos. Para dificultar a procriação e agravar a sua atual condição, o Aye-Aye só pode ter um filhote por cria.



Com um comprimento máximo de corpo de 44 cm e um rabo de 60 cm, essa criatura emerge pela noite para comer larvas de insetos, ovos, brotos e frutas. Utilizando o longo dedo mediano de cada mão e aproveitando a sua forma física, parecida com a de um macaco, consegue se movimentar verticalmente com facilidade.  O Aye-Aye golpeia um tronco de árvore e ouve, com as suas orelhas de morcego, movimentos dos insetos que furam a madeira. Quando localiza um, o animal o extrai com um dos dedos ou arranha a madeira com seus afiadíssimos dentes.



Os machos dessa espécie vivem em grandes áreas de até 80 hectares (320.000 m2), enquanto as fêmeas - que são dominantes sobre o sexo masculino – têm seu espaço reduzido em até 20 hectares (81.000 m 2 ). Eles não são monogâmicos e muitas vezes competem bravamente entre si para conquistar ou defender seus companheiros. Os machos são muito agressivos chegando até mesmo a puxar outros machos fora de uma fêmea durante o acasalamento. Machos e fêmeas interagem apenas ocasionalmente, geralmente para o forrageamento.



Os bebês Aye-Ayes são completamente hábeis dentro de um mês de nascimento. O pai, por vezes, divide a comida com eles, enquanto as suas mães arrumam meios de interação social, como jogar "esconde-esconde”. Após 13 semanas, as crianças estão prontas para interagir com outros jovens da mesma espécie, geralmente por brincadeira. 


Assista esse video super animal:









Ornintorrinco
Ornithorhynchus anatinus



Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata (animais que possuem coluna vertebral)

Classe: Mammalia (mamíferos)

Ordem: Monotremata (mamíferos ovíparos)

Família: Ornithorhynchidae

Género: Ornithorhynchus

Espécie: Ornithorhynchus anatinus


Estado de conservação: categoria de risco mais baixo. Não qualificável para uma categoria de maior risco. Taxones abundantes e amplamente distribuídos são incluídos nesta categoria.


Nota:Ornithorhynchus anatinus – Ornithorhynchus, do grego, com bico de ave; anatinus, do latim, semelhante a pato.

Ornitorrinco: o quebra-cabeças da Taxonomia.

O ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) é um mamífero monotremado, endêmico da Austrália. É um animal semi-aquático e noturno que habita rios e cursos de água.

O ornitorrinco é carnívoro e alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce, tendo o corpo adaptado para uma vida aquática ou terrestre,
é um excelente nadador e consegue ficar debaixo da água durante 5 minutos!

Quando mergulha os olhos e as narinas ficam protegidos por uma espécie de bolsa que os deixa cegos e surdos. Mesmo assim, consegue movimentar-se muito bem porque tem um bico muito sensível que o guia em busca de alimento.  




Apesar de ser um mamífero, o ornitorrinco, em vez de dar à luz as suas crias, põe ovos que são parcialmente chocados no interior do corpo. Possui ferrões em suas patas e quando acuado os utiliza causando uma dor insuportável, mas essa especiaria só é presente no macho em suas patas traseiras.



Outra diferença importante em relação aos mamíferos placentários é que as fêmeas deste animal não têm mamilos e as crias sugam o leite materno através dos poros existentes em meio a pelagem da barriga.

Embora passe a maior parte do tempo na água, o ornitorrinco cava o seu complicado ninho na margem de lagos e pequenos rios. A fêmea cava uma toca bem funda, com mais de 2 metros de comprimento, onde choca os seus ovos.


Os cientistas consideram o ornitorrinco um "fóssil vivo"! Supõe-se que se originou há cerca de 150 milhões de anos (perto da altura da extinção dos dinossauros!). 

As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Recentemente (2004), uma equipa de cientistas da Universidade Nacional da Austrália mostrou que as diferenças existem também ao nível genético: os ornitorrincos apresentam dez cromossomas sexuais, em vez dos dois (XY) dos mamíferos não monotremados. 

O ornitorrinco é o representante atual de um ramo de mamíferos que se diversificou no Cretácico inferior, mas que não está relacionado com os mamíferos placentários. Assim, não se pode concluir que esta espécie se trata de um antecessor primitivo, porque é totalmente separada.

Assista e saiba mais sobre:











Rato-toupeira-pelado
Heterocephalus glaber



Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Rodentia

Família: Bathyergidae

Subfamília: Heterocephalinae

Género: Heterocephalus

Espécie: Heterocephalus glaber

Estado de conservação: Categoria de risco mais baixo. Não qualificável para uma categoria de maior risco. Taxones abundantes e amplamente distribuídos são incluídos nesta categoria.


O rato-toupeira pelado é um animal de aparência incomum que faz parte da família dos ratos-toupeira africanos, mas tem características únicas.

Encontrados no leste da África, os pequenos animais já foram comparados a insetos.

Eles vivem em grandes colônias, com uma única fêmea - a rainha - que cruza com somente um ou dois machos.

Os outros ratos-toupeira trabalham para manter e defender os enormes sistemas de túneis em que vivem.

De acordo com o professor Chris Faulkes, da Universidade de Londres, os animais são perfeitamente adaptados para viver debaixo da terra.





Assista o vídeo abaixo explicando um pouco mais sobre este animal:







Equidna
Tachyglossus aculeatus



Classificação científica



Reino: Animalia


Filo:Chordata

Classe: Mammalia

Subclasse: Prototheria

Ordem:Monotremata

Família: Tachyglossidae

Gênero: Tachyglossus

Espécie: T.Aculeatus


O equidna é um animal pequeno, muito parecido com o ouriço, conforme se nota pela foto abaixo. Trata-se na realidade, de um animal primitivo, que assim como o ornitorrinco, é um mamífero que bota ovos. Possui algumas características de répteis, como o sistema reprodutor e a maneira de locomover-se.



Na mitologia grega, o equidna era tratado como um monstro com aspecto de serpente, chamado de "mãe de todos os monstros". Este vivia com um gigante chamado Tífon. Alguns de seus filhos estão entre as criaturas mais temidas da mitologia clássica - a Quimera, a Hidra, Cérbero e a Esfinge.

Bem diferente da realidade acima descrita, o equidna é apenas um pequeno animal, que possui seu corpo cercado de espinhos, e que se alimenta de pequenos animais, como cupins e minhocas. Possui um bico longo, do qual ele puxa a sua presa. O jeito que ele pega a sua alimentação é semelhante ao tamanduá bandeira, sendo por isso apelidado de "tamanduá de espinhos". Seu nome científico é: Tachyglossus aculeatus. Sua massa é em torno de 3 a 6 quilos, medindo no máximo cerca de 17 centímetros.

A fêmea não constrói ninho, mas incuba por dez dias os ovos dentro de uma bolsa que tem no abdômen. Os filhotes ficam na bolsa até que nasçam os espinhos. A fêmea bota os ovos apenas uma vez por ano. Seu habitat natural é na Nova Guiné e na Austrália. Ele costuma viver em grandes altitudes. Seus espinhos, assim como nos ouriços e porcos-espinhos, servem para proteção.


Aliás, por viver na Austrália, o equidna foi um dos mascotes das Olimpíadas de Sidney 2000. O nome do mascote é Millie. Vive passando vários documentários na TV, falando sobre os animais que vivem na Nova Guiné, Austrália, entre outros. E sempre é falado no equidna  O pequeno animal é mesmo muito parecido com o ouriço, daí o fato de Sonic e Knuckles serem fisicamente semelhantes.

Os equidnas podem também ter dentes, mas eles são de cartilagem e acabam caindo com o tempo. Possuem garras nas patas para cavar e o macho tem uma espora em seu tornozelo, igualzinho ao Ornitorrinco. Como defesa, assim como o ouriço, ele se enrola numa bola de espinhos ou enterra-se na terra , deixando pra fora os espinhos.



Assista o vídeo:


 




Zebra de Damara
Equus burchelli antiquorum



Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Perissodactyla

Família: Equidae

Género: Equus 

Espécie: Equus burchelli antiquorum



Distribuição

As zebras habitam uma grande região, que vai da zona central do continente africano até ao extremo Sul do mesmo.

São mamíferos, membros da mesma família dos cavalos, os equídeos, nativos da África central e do sul. A pelagem deste animal consiste num conjunto de listras contrastantes de cor, alternadamente, pretas e branca, dispostas na vertical, excetuando nas patas, onde se encontram na horizontal.




Juntamente com o gnu, é dos animais mais bem sucedidos da savana africana. Existem às centenas de milhar, espalhados por vários países, e nem as guerras que durante dezenas de anos martirizaram esta zona conseguiram pôr em risco a sua sobrevivência.

As zebras são herbívoros que vivem em grades manadas, pastando livremente pela savana. São das presas mais apetecíveis para leões, hienas e cães selvagens. 

As riscas são características de cada animal. Estranhamente, ao mesmo tempo em que as torna indistinguíveis para os outros animais, as listras das zebras na verdade as ajudam a se reconhecerem. Os padrões de listras são como "impressões digitais" . Cada uma tem disposição diferente das listras. Os zoólogos acreditam que é assim que elas se distinguem no bando. Isto certamente tem benefícios significativos. Por exemplo, a zebra fêmea e seu potro podem saber onde estão em um bando grande e uma zebra pode rapidamente distinguir seu próprio bando de outro. Isto também ajuda os pesquisadores humanos, pois permite que localizem determinadas zebras na selva. Estas riscas servem como camuflagem para os predadores uma vez que, quando a manada está em movimento, as riscas destes animais provocam ilusão de óptica aos predadores que não conseguem enxergar em cores. Este benefício pode ajudar uma zebra individualmente em algumas situações, mas o meio mais significativo de proteção tem relação com os bandos . Elas normalmente viajam em grupos grandes, ficando muito próximas umas às outras. Mesmo com seu padrão de camuflagem, é muito improvável que várias zebras possam escapar da observação de um leão, mas suas listras as ajudam a tirar proveito dessa situação. Quando todas as zebras se unem em um grupo grande, o padrão das listras de cada uma se mistura aos das zebras que estão em volta. Isto confunde o leão, que enxerga uma massa grande e listrada em movimento em vez de diversas zebras individuais. O leão tem problemas para escolher uma, todavia fica sem um bom plano de ataque. É difícil para o leão até reconhecer para que lado cada zebra está se movendo: imagine a diferença em perseguir um animal e investir contra uma bolha amorfa de animais se movendo em todas as direções. A incapacidade do leão em distinguir zebras também torna mais difícil enxergar e ir atrás das mais fracas do bando. Mesmo assim, são caçadas aos milhares na savana africana, principalmente nas emboscadas montadas pelas leoas, que apanham cada animal que passa na sua zona e não o persegue individualmente.

A grande viagem

Todos os anos as zebras sentem o apelo da grande viagem pelo Serengueti. Quando chega a altura desse empreendimento, juntam-se às centenas de milhar e, juntamente com os gnus, partem para a grande caminhada para Norte, em busca de água e pastos mais verdes onde podem comer melhor, quer em quantidade, quer em qualidade.




Algumas, são vítimas dos predadores terrestres, outras, são vítimas da longa viagem, e outras ainda, dos crocodilos. Estes, avisados pelo troar de milhares de animais em aproximação, estão em alerta, e se a maioria das suas vítimas são gnus, também algumas zebras são apanhadas na matança que os crocodilos fazem nesta altura. 

Gestação

As zebras têm uma gestação de aproximadamente 360 dias, da qual nasce por norma uma única cria. Só muito raramente acontecem partos múltiplos.




Peso, tamanho e longevidade
Uma zebra pode medir 2,20 m, ter 1,40 m de altura e pesar mais de 200 kg. A sua esperança de vida ronda os 30 anos.




Assista este vídeo. Uma zebra se camufla e escapa de um possível ataque de uma leoa. O vídeo começa aos 3:15 :







Pangolim



Classificação Científica


Nome Comum: Pangolim chinês, pangolim gigante e pangolim arborícola

Nome científico:(Manis temminckii), (Manis gigantea),  (Manis tricuspis)

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Pholidota

Família: Manidae 

Gênero: Manis

Habitat: Florestas densas e savanas

Tempo estimado de vida: 20 anos

Distribuição geográfica: Zonas tropicais da Ásia e África 

Gestação: 5 meses. Um ou dois filhotes por vez.


O nome pangolin "deriva da palavra malaia pengguling (algo que rola para cima). São animais noturnos, e usam seu senso bem desenvolvido do olfato para encontrar insetos.


Os Pangolins São os únicos representantes da família Manidae e ordem Pholidota. A ordem é muito antiga, com representantes fósseis datando do Eoceno na Europa (Eomanis, do Eoceno Médio alemão, em Messel), América do Norte (Patriomanis) e Ásia (Cryptomanis gobiensis, do Eoceno superior da Mongólia). Alguns paleontólogos têm classificado os pangolins na ordem Cimolesta, juntamente com vários grupos extintos.



Existem 7 espécies desse estranho mamífero, 4 na África e 3 na Ásia, todas elas semelhantes em aparência e hábitos. O pangolim-de-cauda-comprida é essencialmente arborícola e vive nas planícies do sul e leste da África. O pangolim-de-cauda-curta, também chamado de pangolim-indiano, vive em pares na Índia e no Sri Lanka. As diferentes espécies de pangolins apresentam hábitos e tamanhos variados. As espécies menores são exímias trepadoras, capazes de se agarrar aos galhos por meio da eficaz cauda preênsil, sendo esse mesmo órgão o responsável pelo transporte da prole. Porém, fora as espécies de pangolim consideradas de médio porte, que atingem entre 1 e 1,30 m de comprimento, pertencendo dois terços desse tamanho à parte caudal. Também existem espécies enormes, como o pangolim-gigante (Manis gigantea), cujo tamanho atinge os 2 metros de comprimento e a força equivale a de dez homens fortes juntos. Todos eles, sem exceção, são silenciosos, raramente sibilantes, soprando às vezes baixinho. A visão e a audição são pouco desenvolvidas, o mesmo ocorrendo com o olfato, apesar do papel importante que este último sentido desempenha na procura de alimento.





É um animal sossegado. Dorme numa toca profunda durante o dia e possui hábitos noturnos se alimentando principalmente de cupins e formigas, que apanha com sua língua comprida e pegajosa de 30 centímetros. Em cada lambida o animal engole dezenas de cupins ou formigas só que sem mastigar; estes são triturados no estômago, que é revestido de paredes especiais, muito robustas.

O pangolim é, sem dúvida, o mais bem aparelhado integrante do seleto grupo de animais encouraçados ou se preferir “blindados do reino animal”.

Filhote

Adulto

Possuem grandes escamas de queratina que cobrem a sua pele e são os únicos mamíferos com esta adaptação; estão ligadas à pele como se fossem unha e dispostas umas sobre as outras como telhas num telhado. É o único mamífero com esse tipo de proteção, tão dura que chega a arranhar alguns metais. Enrodilhados, eles protegem a cabeça e o ventre com sua couraça, frustrando até mesmo tigres e leopardos, desestimulando-os do ataque. Contudo, os pangolins quando se sentem ameaçados preferem se refugiar na toca ou então na água, já que são bons nadadores, como o tatu-bola e o ouriço, o pangolim pode se enrolar totalmente e assim fica protegido dos predadores.



Uma das causas de seu recorrente estado de extinção são justamente suas escamas de queratina: diversas tribos utilizam a couraça do pangolim como ornamento para utensílios domésticos, ao passo que determinadas populações da África Central atribuem às escamas valor de talismãs. Para a medicina chinesa, as escamas do animal melhoram a circulação sanguínea, tratam doenças respiratórias, problemas menstruais, de amamentação e até artrite. Além disso, a carne do mamífero também traria benefícios à saúde, de acordo com a tradição chinesa.

As populações das oito espécies de pangolins estão correndo risco de extinção, por isso sua exportação é proibida desde 2000. Autoridades ambientais acreditam que a China seja o principal destino dos animais e suas escamas.



E não há muita perspectiva para o fim do tráfico. Já que a polícia ambiental local tem poucos recursos para fiscalizar a floresta; os pangolins, facilmente capturados, não apresentam muita resistência aos caçadores e são valiosos, cada animal sai por US$ 160.

Aprenda um pouco mais sobre esse fascinante animal:





Quati
Nasua nasua



Ordem: Carnivora

Família: Procyonidae

Nome popular: Quati

Nome em inglês: Coatis, Coatimundis.

Nome científico: Nasua nasua

Distribuição geográfica: Colômbia, norte da Argentina e Uruguai.

Habitat: Florestas

Hábitos alimentares: Frugívoros, eventualmente carnívoros.

Reprodução: gestação 10 a 11 semanas, com 02 a 07 filhotes.

Período de vida: cerca de 15 anos


A palavra quati, que é o nome popular dos mamíferos do gênero Nasua, deriva do termo tupi akwa'tim, que significa "nariz pontudo", numa clara referência ao comprido focinho dos seus representantes. A mesma associação é feita no nome científico do gênero: em latim Nasua (nasus) também significa "nariz". Os membros deste gênero "narigudo", se distribuem por quase todo o continente americano, do sudoeste norte-americano à maior parte da América do Sul, possuindo três espécies: Nasua narica (Sudoeste dos Estados Unidos, México, América Central e Colômbia), Nasua nelsoni (Ilha de Cozumel, México) e Nasua nasua (América do Sul).

Os quatis pertencem a Ordem Carnivora, representado pela Família Procyonidae, que também inclui o guaxinim e o jupará. Vivem em áreas florestadas, onde passam muito tempo sobre as árvores, geralmente formando grupos de 04 a 20 indivíduos que percorrem as matas a procura de alimento, que consiste em pequenas aves, ovos, insetos, frutas, vermes ou larvas presentes no solo. Embora gregários (vive em bando), um macho com mais de 2 anos de idade pode ter hábitos solitários e só se juntar ao grupo para o acasalamento.


Comunicam-se produzindo sons suaves, que parecem lamúrias. Quando ameaçados, os sons são substituídos por cliques e rugidos. O soar do alarme faz com que os quatis escalem rapidamente as árvores (o que fazem com facilidade graças às suas garras) e, em seguida, pulem para o chão e se dispersem. Por segurança, a espécie dorme no alto das árvores, para se proteger de seus predadores que incluem as raposas, onças, jaguarundis, cães domésticos e pessoas.

Apesar de possuírem hábito alimentar predominantemente frugívoro, há épocas do ano em que há escassez de frutas, e então eles aumentam a quantidade de alimento animal de suas dietas. Percorrem em torno de 1,5 a 2 km diariamente a procura de alimento. São animais diurnos, apesar de freqüentemente machos adultos praticarem atividades noturnas. O peso varia entre 3,5 a 6 kg, sendo os machos normalmente maiores que as fêmeas. 
A época reprodutiva corresponde com o período máximo de abundância de frutas. Um macho solitário pode ser aceito em um grupo de fêmeas, mas com total subordinação a elas. As fêmeas se separam do grupo para construírem seus ninhos em árvores. 

O período de gestação é de 10 a 11 semanas, nascendo de 02 a 07 filhotes que pesam cerca de 100 g e abrem os olhos depois de onze dias. Com 05 semanas os filhotes saem dos ninhos, e com 15 meses tornam-se adultos. Atingem a maturidade sexual com 02 anos.



O N. nasua é uma espécie abundante e bem comum na sua área de ocorrência, com densidade populacional que varia de região para região. Apesar de uma queda da população por ameaças como a perda de habitat (redução de florestas por desmatamento) e caça, ainda não é considerada em risco. Por este motivo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) classifica a espécie como de Pouca Preocupação.