sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ornintorrinco

Ornithorhynchus anatinus



Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata (animais que possuem coluna vertebral)

Classe: Mammalia (mamíferos)

Ordem: Monotremata (mamíferos ovíparos)

Família: Ornithorhynchidae

Género: Ornithorhynchus

Espécie: Ornithorhynchus anatinus


Estado de conservação: categoria de risco mais baixo. Não qualificável para uma categoria de maior risco. Taxones abundantes e amplamente distribuídos são incluídos nesta categoria.


Nota:Ornithorhynchus anatinus – Ornithorhynchus, do grego, com bico de ave; anatinus, do latim, semelhante a pato.

Ornitorrinco: o quebra-cabeças da Taxonomia.

O ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) é um mamífero monotremado, endêmico da Austrália. É um animal semi-aquático e noturno que habita rios e cursos de água.

É carnívoro e alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce, tendo o corpo adaptado para uma vida aquática ou terrestre,
é um excelente nadador e consegue ficar debaixo da água durante 5 minutos!

Quando mergulha os olhos e as narinas ficam protegidos por uma espécie de bolsa que os deixa cegos e surdos. Mesmo assim, consegue movimentar-se muito bem porque tem um bico muito sensível que o guia em busca de alimento.  



Apesar de ser um mamífero, o ornitorrinco, em vez de dar à luz as suas crias, põe ovos que são parcialmente chocados no interior do corpo. Possui ferrões em suas patas e quando acuado os utiliza causando uma dor insuportável, mas essa especiaria só é presente no macho em suas patas traseiras.



Outra diferença importante em relação aos mamíferos placentários é que as fêmeas deste animal não têm mamilos e as crias sugam o leite materno através dos poros existentes em meio a pelagem da barriga.

Embora passe a maior parte do tempo na água, o ornitorrinco cava o seu complicado ninho na margem de lagos e pequenos rios. A fêmea cava uma toca bem funda, com mais de 2 metros de comprimento, onde choca os seus ovos.


Os cientistas consideram o ornitorrinco um "fóssil vivo"! Supõe-se que se originou há cerca de 150 milhões de anos (perto da altura da extinção dos dinossauros!). 

As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Recentemente (2004), uma equipa de cientistas da Universidade Nacional da Austrália mostrou que as diferenças existem também ao nível genético: os ornitorrincos apresentam dez cromossomas sexuais, em vez dos dois (XY) dos mamíferos não monotremados. 

Ele é o representante atual de um ramo de mamíferos que se diversificou no Cretácico inferior, mas que não está relacionado com os mamíferos placentários. Assim, não se pode concluir que esta espécie se trata de um antecessor primitivo, porque é totalmente separada.

Assista e saiba mais sobre:

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Bromélia não 'dá dengue' !



 Há uma diferença entre poça d’água e a água reservada pela bromélia. Segundo a arquiteta paisagista Eliane Fortino, a água da poça fica parada e rapidamente é colonizada por organismos como as larvas dos mosquitos, entre eles, o Aedes aegypti, transmissor da dengue.

 Já as bromélias  que possuem reservatórios começam a guardar água antes de seu primeiro ano de vida. Essa água é protegida pelo ambiente das folhas e se transforma rapidamente em um pequeno e rico ecossistema. A água é continuamente absorvida pela planta, suprindo-a com nutrientes. A pouca evaporação ocorre através da superfície da folha.

 “Na água armazenada na roseta das bromélias  ocorre uma sucessão intensa de formas de vida. O resultado é uma calda repleta de organismos que competem entre si, numa interdependência ecológica, dificultando a sobrevivência de tais larvas ”, diz a paisagista.

 Segundo informa a bióloga Nara Vasconcellos, dentro da planta, o mosquito da dengue não tende a se reproduzir. A pesquisadora também não recomenda que borrifos com a solução de água e água sanitária – eficaz no controle da evolução das larvas  – sejam feitos sobre a planta

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 Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Escola Nacional deSaúde  Pública (Ensp) e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concluíram que as plantas popularmenteconhecidas  como bromélias não são, como se imaginava, microhabitats importantes para o desenvolvimento de mosquitos das espécies Aedes aegyptie Aedes albopictus, dois dos principais vetores da dengue no Brasil.

 Para o estudo, foram capturados, durante quase um ano, aproximadamente 3 mil espécimes de mosquitos encontrados  em 120 bromélias pertencentes a dez diferentes espécies da planta no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

 O espaço fica a menos de 200 metros de moradias do bairro da Gávea, área endêmica da doença no Estado do Rio de Janeiro.

Bromélias são inocentes

 “Bromélias são plantas ornamentais populares e comumente usadas em jardins públicos e privados. A abundância desse tipo de plantas onde a dengue é endêmica tem sido usada para difundir que esse tipo de planta é uma ameaça para o controle da dengue”, comentam os pesquisadores em artigo publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.

 “Os resultados da coleta demonstraram que as espécies nativas de mosquitosCulex e Wyeomuia são os culicídeos mais abundantes e o Aedes aegypti e oAedes albopictus são raramente encontrados nessas plantas, que não devem assim ser consideradas um problema para o controle da dengue”.

Competição entre fêmeas

 As bromélias verificadas foram expostas a chuvas e não foram tratadas com nenhum tipo de inseticida durante a pesquisa e nem nos dez meses anteriores.

 Do total de mosquitos capturados, 77,2% eram do gênero Culex e 21,4% doWyeomuia. Somente duas larvas de Aedes aegypti (0,07% do total de mosquitos) e cinco de Aedes albopictus foram coletadas (0,18%), o que sugere não serem essas duas espécies bons competidores em relação aos outros mosquitos habitantes naturais de bromélias ou que as fêmeas dessas espécies preferem não depositar seus ovos nesses locais.

Os pesquisadores ainda alertam que, por contraste, formas imaturas de Aedes aegypti foram encontradas recipientes artificiais 5% das casas da vizinhança.


Publicado por: Fabricio

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Aye-Aye

Daubentonia madagascarienses



Classificação científica


Reino: Animalia


Filo: Chordata


Subfilo: Vertebrata


Classe: Mammalia


Subclasse: Theria


Infraclasse: Placentalia


Ordem: Primates


Subordem: Strepsirrhini


Infraordem: Chiromyiformes


Família: Daubentoniidae


Gênero: Daubentonia


Espécie: D. madagascarienses

Estado de conservação: Considerada como estando a sofrer um risco muito elevado de extinção na natureza. Em extinção.



Sabe porque este animal está em risco de extinção?



A sua quase extinção é provocada pela destruição do seu habitat natural e de uma radical superstição da população nativa de Madagascar. Uma lenda antiga malgache afirmou que o Aye-Aye é um símbolo da morte. Alguns acreditam que se o animal apontar o dedo do meio para alguém, eles estão condenados à morte. Outros dizem que a aparição de um Aye-Aye numa aldeia prediz a morte de um morador. Muitos acreditam que esses bichos são capazes de esgueirar-se em casas com telhados de palha para assassinar os ocupantes que estão dormindo, utilizando seu dedo médio para perfurar-los.



Mesmo protegidos por lei, o assassinato desses bichinhos aumentam a cada ano e os locais onde eles são vistos como bom presságio são minoria. Algumas pessoas tentam ser otimistas ao acreditar que a superstição desse povo pode impedir as pessoas de caçá-los, mas mesmo que isso ocorra não será o suficiente para livrar essa espécie da extinção.



De nome científico Daubentonia madagascariensisum, do grupo dos lemuriformes (primatas que habitam apenas a Ilha de Madagascar, na costa Sudeste da África) o Aye-Aye é um curioso animal que vive em árvores da selva tropical Malgaches. Pensava-se que este animal tinha desaparecido por completo em meados de 1933, porém foi redescoberto em 1957.



Uma pesquisa recente mostra que hoje ele é considerado quase extinto, por isso muitos deles são mantidos em jardins zoológicos. Para dificultar a procriação e agravar a sua atual condição, o Aye-Aye só pode ter um filhote por cria.



Com um comprimento máximo de corpo de 44 cm e um rabo de 60 cm, essa criatura emerge pela noite para comer larvas de insetos, ovos, brotos e frutas. Utilizando o longo dedo mediano de cada mão e aproveitando a sua forma física, parecida com a de um macaco, consegue se movimentar verticalmente com facilidade.  O Aye-Aye golpeia um tronco de árvore e ouve, com as suas orelhas de morcego, movimentos dos insetos que furam a madeira. Quando localiza um, o animal o extrai com um dos dedos ou arranha a madeira com seus afiadíssimos dentes.



Os machos dessa espécie vivem em grandes áreas de até 80 hectares (320.000 m2), enquanto as fêmeas - que são dominantes sobre o sexo masculino – têm seu espaço reduzido em até 20 hectares (81.000 m 2 ). Eles não são monogâmicos e muitas vezes competem bravamente entre si para conquistar ou defender seus companheiros. Os machos são muito agressivos chegando até mesmo a puxar outros machos fora de uma fêmea durante o acasalamento. Machos e fêmeas interagem apenas ocasionalmente, geralmente para o forrageamento.



Os bebês Aye-Ayes são completamente hábeis dentro de um mês de nascimento. O pai, por vezes, divide a comida com eles, enquanto as suas mães arrumam meios de interação social, como jogar "esconde-esconde”. Após 13 semanas, as crianças estão prontas para interagir com outros jovens da mesma espécie, geralmente por brincadeira. 


Assista esse vídeo super animal:

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sim, somos todos macacos!


Vídeo muito bom explicando um pouco da evolução filogenética dos primatas, e o porquê de não haver motivos para ter preconceito racial. #somostodosmacacos