Objetivo é produzir seda super-resistente em escala industrial.
Pesquisadores americanos dizem ter criado bichos-da-seda geneticamente modificados para produzir fios muito mais resistentes, como os das teias de aranha.
Segundo os cientistas da Universidade de Wyoming, os resultados do experimento podem levar ao desenvolvimento de materiais revolucionários para a medicina e engenharia, já que a seda produzida pelas aranhas é mais resistente que o aço.
Resultados do experimento podem levar a materiais revolucionários para medicina e engenheira (Foto: BBC)
O estudo publicado na revista científica PNAS deixa a ciência um pouco mais perto de reproduzir os artifícios usados pelo homem-aranha nas histórias em quadrinhos.
Tentativas anteriores de criar aranhas para a produção comercial de seda fracassaram porque os aracnídeos não fabricam quantidades suficientes e têm tendências a comer uns aos outros.
Bichos-da-seda, no entanto, podem ser criados em cativeiro facilmente e produzem grandes quantidades de seda, mas o material é mais frágil.
'Quantidades industriais'
Pesquisadores vêm tentando por anos chegar à produção de uma seda super-resistente em quantidades industriais, por meio da inserção de genes das aranhas nos bichos-da-seda, mas os animais geneticamente modificados não haviam produzido seda suficiente até agora.
O estudo da equipe liderada por Don Jarvis estaria gerando, em vastas quantidades, um composto de seda de aranha e de bicho-da-seda tão forte como as teias dos aracnídeos.
Para o professor Christopher Holland, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, a pesquisa pode tornar mais viável a produção de seda fortalecida em escala comercial.
'Essencialmente, o que esse estudo mostra é que os cientistas foram capazes de usar um componente da seda de aranha e fazer com que bichos-da-seda o transformassem em uma fibra juntamente com sua própria seda. Eles também provaram que esse composto, que contém partes da seda de aranha e do próprio bicho-da-seda, tem propriedades mecânicas melhoradas', explicou Holland.
Na área médica, o novo material poderia ser usado para criar suturas, implantes e ligamentos mais fortes. A seda de aranha geneticamente modificada também poderia ser empregada como um substituto mais sustentável para os plásticos duros, que usam muita energia na produção.
Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/cientistas-modificam-bicho-da-seda-para-produzir-teia-de-homem-aranha.html
Mosca parasita transforma abelha em ‘zumbi’, segundo cientistas
Larva de mosca alojada no abdômen faz abelha andar sem direção e morrer.
Desordem do colapso da colônia prejudica a produção de mel nos EUA.
Uma mosca parasita provoca um comportamento estranho em abelhas, segundo descoberta acidental de pesquisadores dos Estados Unidos. Elas abandonam a colmeia e passam a se comportar de forma desorientada, com dificuldades para se sustentar em suas patas, e morrem em seguida. Segundo os próprios autores do estudo publicado pela revista científica “PLoS One”, os movimentos lembram o de um zumbi.
Isso acontece quando a mosca da espécie Apocephalus borealis põe seus ovos no abdômen da abelha. Uma semana após a morte do hospedeiro, as larvas saem para o mundo através do tórax e da cabeça das abelhas.
A descoberta explica um fenômeno observado desde 2006, que tem afetado a produção de mel no país. A chamada "desordem de colapso da colônia" é um mistério que aumentou o número de mortes de abelhas usadas comercialmente.
Mosca da espécie com abelha 'zumbi' (Foto: Christopher Quock)
A descoberta começou de forma acidental. John Hafernik, professor da Universidade Estadual de São Francisco, nos EUA, buscou abelhas perto dos postes da faculdade para alimentar um grupo de louva-a-deus de outra pesquisa. Hafernik esqueceu o vidro com as abelhas em cima da mesa e, dias depois, havia um grupo de larvas de mosca no pote. A partir daí, sua equipe conduziu a pesquisa que percebeu o comportamento anormal das abelhas.
Exames mostraram que tanto as abelhas quanto as moscas estavam infectadas por um vírus e um fungo. Por isso, o próximo passo é descobrir precisamente como o parasita está provocando essas reações.
Larvas de mosca saem pelo tórax da abelha (Foto: John Hafernik/Cortesia)
O pesquisador acredita que essa seja uma tendência recente, já que é inédita.
“As abelhas estão entre os insetos mais bem estudados do mundo. Então pensamos que se esse parasita atuasse há muito tempo já teríamos percebido”, ponderou.
Fonte :http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/mosca-parasita-transforma-abelha-em-zumbi-segundo-cientistas.html
Morre Charlie, o chimpanzé fumante
Macaco viveu até 52 anos, idade avançada para os primatas.
Um chimpanzé famoso por fumar cigarros morreu em um zoológico na África do Sul aos 52 anos de idade, segundo a edição online do jornal sul-africano "Times". Assista ao vídeo.
Um porta-voz da cidade de Bloemfontein, onde fica o zoológico, disse acreditar que o chimpanzé, chamado Charlie, não teve a vida abreviada por complicações causadas pelo vício, já que viveu cerca de dez anos a mais do que a média da espécie.
O macaco adquiriu o vício quando visitantes do zoológico começaram a lhe arremessar cigarros acesos.
O porta-voz, Qondile Khedama, disse que Charlie se tornou então uma instituição, entretendo os visitantes com seus gestos e manias.
Charlie, o chimpanzé fumante. (Foto: BBC)
'Figura'
Funcionários do zoológico tentaram por anos fazer com que o chimpanzé parasse de fumar, procurando convencer os visitantes a não lhe dar cigarros.
Uma autópsia está sendo realizada para determinar a causa da morte.
"Ele tomava remédios e ia frequentemente ao veterinário", disse Khedama.
"Apesar de receber muitos cuidados e uma dieta especial, incluindo suplementos de vitaminas e minerais, ele sucumbiu à idade", disse ele.
Khedama disse que o zoológico espera agora encontrar um novo companheiro para a chimpanzé fêmea do zoo, Judy.
Tubarão híbrido é descoberto em águas australianas
Cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, afirmam ter descoberto os primeiros tubarões híbridos do mundo. Os animais foram encontrados na costa leste do país, durante uma pesquisa para catalogar tubarões na região.
Para os especialistas, a união do tubarão-de-ponta-negra australiano (Carcharhinus tilstoni) com o ponta-negra comum (Carcharhinus limbatus) ao redor do globo criou descendentes nunca observados no mundo dos tubarões em qualquer outra parte das águas terrestres.
Eles acreditam que a descoberta seja importante pois nunca antes tubarões híbridos haviam sido detectados. Para Colin Simpfendorfer, um dos integrantes do grupo de pesquisa responsável pelo achado, a nova espécie híbrida já possui 57 indivíduos e gerações diferentes.
Foto mostra um tubarão híbrido, resultado do encontro de tubarões-de-ponta-negra comuns com as versões australianas da espécie. (Foto: Pascal Geraghty / NSWDPI / AFP Photo)
O tubarão-de-ponta-negra australiano costuma ser um pouco menor que o ponta-negra comum e só sobrevive em águas tropicais. Já os exemplares da espécie híbrida foram achados em lugares mais gelados, a até 2.000 quilômetros de distância da costa leste do país.
Essa adaptação a águas mais frias pode ser uma resposta à mudança de temperatura nos oceanos por conta do aquecimento global. A pesca humana também é outro fator levado em consideração pelos especialistas australianos como uma dos motivos para o surgimento da espécie.
Segundo Simpfendorfer, os híbridos são ligeiramente mais resistentes que as espécies de onde foram originados. Uma análise detalha por mapeamento genético será conduzida para descobrir se a criação dos híbridos é parte de um processo antigo entre tubarões ou um fenômeno novo.
Fonte : http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/01/tubarao-hibrido-e-descoberto-pela-1-vez-em-aguas-australianas.html