sexta-feira, 4 de julho de 2014

Saltador-do-lodo

 Periophtalmus barbarus


Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Actinopterygii

Subclasse: Neopterygii

Infraclasse: Teleostei

Superordem: Acanthopterygii

Ordem: Perciformes

Subordem: Gobioidei

Família: Gobiidae

Subfamília: Oxudercinae

Gênero: Periophthalmus

EspéciePeriophtalmus barbarus



Outros nomes

Saltão
Mudskipper
Peces del fango
Saltarín del fango


  O saltador-do-lodo é um peixe com a estranha característica de ser anfíbio, ou seja, capaz de viver tanto na água quanto na terra. Vivendo nas áreas lodosas dos mangues, lagunas asiáticas e africanas, o saltador frequentemente enfrenta épocas de seca em que há maré baixa e torna a locomoção praticamente impossível aos peixes. Dotado de barbatanas peitorais grandes e falsos pés cobertos de escamas, o bichinho pode então deixar a água e passear por terra firme, pulando de raiz em raiz. As suas nadadeiras sofreram uma adaptação que lhe permite andar. Assim como os peixes, respiram através das brânquias, as suas são capazes de armazenar água durante várias horas. Entretanto, assim como os anfíbios, também é capaz de realizar respiração cutânea, através da mucosa oral ou faringe. Estes peixes são extremamente ativos fora da água, podendo mesmo saltar, defender seu território e escalar troncos e raízes. O que diz respeito à alimentação, o peixe-anfíbio possui uma rica dieta de insetos e vermes.

 

  Trata-se praticamente de um elo perdido, uma prova viva da teoria da evolução. Toda a vida se iniciou na água, e é possível que o primeiro ser vivo a se aventurar para fora dela com sucesso fosse bastante semelhante ao saltador-do-lodo. Este peixe vive no indo-pacífico, oeste da África, Filipinas, Austrália e ilhas da Polinésia, principalmente em manguezais e áreas de lama. Algumas espécies podem chegar a 25 centímetros e são completamente inofensivos a humanos. Estes animais cavam buracos na lama para colocar seus ovos, mantendo-os não na água, mas no ar, que é mais rico em oxigênio.

   No entanto, sem este oxigênio os ovos não iam durar, isolados pela água e eles morreriam sufocados. Assim, o macho da espécie nada pelo túnel, inspira, volta ao fundo do túnel e solta o ar na câmara onde estão seus ovos. Faz isso centenas de vezes, até os ovos eclodirem.



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