quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Lesma fotossintetizante?


É uma notícia tão estranha que ficamos pasmos por descobrir o quanto os seres vivos são imprevisíveis e impressionantes, realmente fica difícil de acreditar em um ser do reino Metazoa que faça fotossíntese. Até tal descoberta os únicos seres capazes de tal façanha em nosso conhecimento eram os seres vivos do grupo Plantae, alguns do Protista e algumas cianobacterias, erroneamente conhecidas como algas azuis.


Elysia chlorotica 

A Elysia chlorotica é uma lesma marinha de 3 cm de comprimento que vive na costa atlântica da América do Norte, capaz de uma proeza até hoje desconhecida entre os seres do reino Animal: depois de comer uma alga (do gênero Vaucheria) adquire cloroplastos ( organelas responsáveis pela fotossíntese) sem quebrá-los utilizando assim para seu próprio alimento podendo ser chamado de autótrofo, ou seja que produz seu próprio alimento.
Elysia chlorotica  se alimentando
Este ser fantástico foi descoberto por uma equipe de investigadores de Universidades Norte-Americanas e da Coreia do Sul. A equipe é liderada por Mary Rumpho-Kennedy, professora de bioquímica e investigadora na Universidade de Maine.

Os investigadores utilizaram um sofisticado equipamento radioativo que comprova a produção dos pigmentos fotosintéticos  de forma autônoma. Na lesma marinha, os cloroplastos extraídos permanecem ativos durante um ano, o que significa que, no caso de uma lesma jovem se alimentar uma vez das algas Elysia chlorotica e tiver acesso à luz solar, não tem necessidade de voltar a comer durante a sua vida.

Essa capacidade de fazer fotossíntese ainda não é hereditária, mas quem dirá que isso não possa ser possível daqui a um bom tempo?



Publicado por: Fabricio

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


O único animal imortal




Esta água-viva é a Turritopsis nutricula. É a única do reino animal que se sabe que não é mortal. Esta água-viva simplesmente não morre de causas naturais; não envelhece.
A característica das águas-vivas de forma geral é a existência de dois estágios de desenvolvimento: A fase de pólipo, ou fase imatura; e a fase medusa, de reprodução assexuada. Entretanto, a Turritopsis nutricula possui um mecanismo que a permite voltar à fase de pólipo enquanto está na fase de medusa. Ou seja, a cada vez que envelhece, esta água-viva é capaz de voltar a ser jovem.
As pesquisas em torno deste animal levam os biólogos a afirmarem que este ciclo possa ser infinito, o que torna a Turritopsis nutricula o único animal imortal de que se tem conhecimento!

A Turritopsis nutricula tem sua origem do mar do Caribe, de onde já se espalhou pelo mundo.



Publicado por: Bruna Rojas

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Animais incríveis já extintos

Nos últimos 40 anos, já foram catalogadas como extintas cerca de 784 espécies pela Lista Vermelha da  União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Destas, selecionamos algumas que, hoje em dia, só podem ser vistas empalhadas.
Dentre eles, estão:

1. Golfinho do Rio chinês (Lipotes vexillifer)

Esta espécie foi extinta recentemente. Em 1979, a China declarou o golfinho como uma espécie em risco de extinção, e só em 1983 sua caça foi decretada como ilegal. Três anos depois, ainda restava uma população estimada em 300 indivíduos. Em 1990, restavam 200. Contudo, a construção da Represa de Três Gargantas alterou de maneira irrecuperável o habitat deste golfinho, de forma que em 1998 só foi possível encontrar 7 indivíduos.Com dificuldade para encontar um novo habitat para os golfinhos, os biólogos acabaram por declarar a espécie como extinta no ano de 2007, quando não conseguiram encontrar nenhum destes golfinhos nas expedições pelo rio Yang Tsé.
A fundação de conservação de Wuhan "Delfin Baiji" gastou 100 mil dólares para a preservação de células in vitro no ano de 1996. Desta forma, existe a possibilidade de vermos este golfinho novamente.
A espécie se assemelha ao boto cinza encontrado nos rios do norte brasileiro, com diferenças sutis nas nadadeiras, olhos e cauda. Vale lembrar que os botos também estão em risco de extinção.


2.Lobo da Tasmânia (Thylacinus cynocephalus)

Este mamífero, também conhecido como Tilacino ou Tigre da Tasmânia é um marsupial nativo da Austrália. A Tasmânia adotou o animal como símbolo, e entre 1888 e 1909 o governo da Tasmânia cedia recompensas pela cabeça do animal, o que gerou uma competição entre caçadores e fazendeiros. A diminuição do habitat do lobo da Tasmânia e compartilhamento de espaço com cachorros selvagens foram outros fatores que levaram a espécie a ser extinta na década de 1930 (de forma que já fora extinta na Austrália continental há cerca de 2000 anos).
O fazendeiro Wilf Batty ficou conhecido por ter sido o último a atirar em um lobo da Tasmânia. O animal rondava as proximidades do galinheiro em sua fazenda, por isso, foi baleado.


3.Quagga (Equus quagga quagga)
Esta espécie de zebra extinguiu-se completamente na África do Sul por volta de 1870. No lombo, era completamente pardo, e na cara, pescoço, costas e crinas, tinha riscas como as demais zebras. Dentre as causas de sua extinção, está a caça feita por colonos Holandeses, que aproveitavam sua pele e carne. Durante o século XIX foram mortos milhares de quaggas como parte de um plano de extermínio, que tinha como objetivo a tomada de terras para o gado doméstico. Algumas organizações da época passaram a criar os quaggas em zoológicos, onde o último quagga morreu por causas naturais.
Hoje só resta uma fotografia deste animal, tirada em 1870 em um zoológico inglês.


4.Urso do Atlas (Ursus arctos crowtheri)

O urso do Atlas era uma subspécie de urso pardo que habitava a África setentrional, onde habitava as Montanhas do Atlas.
A extinção desta espécie se deve às grandes lutas contra gladiadores em arenas. Os animais eram caçados e os gladiadores lotavam arenas em suas lutas de demonstração de coragem e força. O último urso-do-atlas encontrado vivo acabou por ser morto por caçadores em 1870 no norte do Marrocos.

5.Leão do Cabo (Panthera leo melanochaitus)

Este animal ainda é encontrado empalhado em muitos museus. Porém, durante a colonização da África do Sul, este animal foi extinto, pois apresentava um grande perigo, por sua força e frieza em ataques, que eram constantes. Por isso, qualquer colono, fosse ele holandês, inglês, português ou francês, considerava o Leão do Cabo como um inimigo a ser morto. Assim, o último leão da província do cabo a ser morto foi baleado pelo general inglês Mordaunt Bisset.



Por: Bruna Rojas